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Yasmin Martins Mendes, indicada como melhor atriz americana no festival Septimius Awards na Holanda.

Fotos: Edu Rodrigues

Beauty: Dani Kobert

Styling: Nathalia Coutinho

Você poderia nos contar um pouco sobre como começou sua carreira na atuação e produção cinematográfica?


Me perguntam muito isso, comecei a atuar no teatro aos 16 anos e desde o início os convites que me fazem como atriz são na tv e cinema. Eu sou apaixonada pelas câmeras e meu relacionamento com elas sempre foi muito espontâneo, tanto como atriz quanto modelo, e minha dedicação com a carreira no audiovisual só somou nesse caminho. E produção executiva é um lugar muito familiar na minha vida, tenho a sensação que sempre esteve em mim, só precisou aparecer o filme SILENCIO pra ela vir à tona e eu não parar mais.


Como CEO da Costa Martins Filmes, quais foram os maiores desafios e conquistas que você enfrentou até agora?


Ser uma produtora independente é um desafio por si só. Produzir e distribuir no Brasil tem sido meu maior desafio. Comecei a estudar mais para entender o mercado nacional. Esse ano estou com o curta ‘Noite de Natal’ rodando festivais nacionais e internacionais, junto com o longa SILENCIO, eles me dão mais maturidade para lidar com espaços que ainda não conheço.

Ser elegível ao Oscar com o filme "SILENCIO" é uma grande realização. Como foi o processo de criação e produção desse filme?


Caótico, um maravilhoso caos. Abordar a síndrome do pânico de uma forma tão crua e visceral torna uma pessoa humilde. Foram meses ouvindo e aprendendo muito sobre o pânico pra entender o que é imprescindível em estar visível nessa condição tão silenciosa. Formamos uma família em nossa equipe, eu, o diretor Diego Esteve, o diretor de fotografia Airton Silva, o músico Rafael Mendes (Faehl) e o assistente de direção Athila Oliveira pra fazer o filme dar certo. Foram 19 dias de gravações, 8 meses de preparação e 4 meses entre escrever o roteiro e selecionar o elenco e equipe. E o resultado reverbera até hoje, chegamos ao Oscar, f icamos em cartaz em Los Angeles, o filme é convidado constantemente para ser exibido em festivais internacionais... Essa equipe dá tão certo que estamos com mais filmes para lançar ano que vem. “You, Me & New York” e “Perfeita pra mim”. Logo vamos anunciar as datas de estreia.


Você foi premiada como melhor atriz em festivais de cinema em Nova York, Estocolmo e Grécia. E está concorrendo ao prêmio de melhor atriz protagonista no Septimius Awards na Holanda. Como essas experiências internacionais impactaram sua carreira?


Primeiro, eu sou muito grata pelo reconhecimento da minha dedicação à personagem Sara e ao filme SILENCIO. É a sensação de estar no caminho certo quando as portas se abrem. E estão abrindo oportunidades para trabalhar como atriz o por todo o mundo.


Você que está indicada ao prêmio de melhor atriz americana ao Septimius Awards, pode nos contar sobre sua a preparação para a personagem Sara no filme SILENCIO?


Foi intensa. Foram meses em conversas com profissionais na área de psicologia e pessoas que sofrem do pânico para entender melhor e saber como ser fiel ao que elas passam. Treinei muito meu corpo pra conseguir atender algumas cenas e meu psicológico pra conseguir estar livre emocionalmente enquanto personagem. Tive leituras, preparação corporal e ensaio com o elenco principal, diretor de fotografia e diretor. E também o privilégio de poder habitar nas locações que filmamos as cenas. 6. Qual foi a importância de sua formação na New York University, New York Film Academy e EWM para sua carreira artística? Eu penso como atleta, o talento é um diferencial mas com treino você a alça voos mais altos.

Você é fluente em quatro idiomas. Como essa habilidade linguística influenciou suas oportunidades profissionais e pessoais?


É o ponto a mais ao meu favor nos 45 do segundo tempo. Ser alfabetizada em inglês e português foi ideia dos meus pais, tenho oportunidades únicas no cinema internacional pela minha fluência no idioma. O italiano aprendi por necessidade quando morei na Itália, assim fiz comerciais e filmes por lá. Cheguei sem falar nem ciao, tive ajuda de amigos pra aprender e da equipe que trabalhava na Pucci quando me contrataram. O espanhol aprendi quando comecei a fazer testes para produções na Espanha. E estou retomando o francês porque é lindo e Cannes é um grande aliado no meu crescimento no cinema. 8. Participar de eventos como o Festival de Cannes, Rio 2C e NYFF como atriz e produtora convidada é um grande reconhecimento. Como essas experiências contribuíram para seu crescimento na indústria do cinema? Como disse antes, estou inclusive voltando a aprender francês por conta de Cannes. Esse é o impacto do networking que esses ‘eventos’ possuem, são grandes impulsionadores de carreiras. É importante estar entre o seus, criar novas conexões, ser vista e ser lembrada. E esses encontros são pontuais nesse assunto.


Você tem uma carreira sólida tanto nacional quanto internacionalmente. Quais são as principais diferenças que você observa entre a indústria cinematográfica no Brasil e no exterior?


Eu sinto a indústria internacional mais proponente e aberta aos novos nomes. Agora, como membro da Academia Brasileira de Cinema estou tendo uma visão mais interna da indústria nacional, que não está muito atrás quando o assunto é tecnologia. Mas eu sou suspeita para falar, quando foram os grandes nomes da indústria internacional que me ajudaram a ter o filme SILENCIO estreado nos cinemas e streaming, e até hoje sigo na esperança de fazer chegar aqui no Brasil. Há espaço na indústria internacional quando você é dedicado. Essa é a minha experiência.


Além de sua carreira artística, você também está envolvida em instituições de caridade e campanhas publicitárias. Como você vê o papel do artista na sociedade e a importância do engajamento social?


Difícil limitar a importância de ajudar ao próximo aos artistas, o envolvimento em compartilhar boas ações deveria ser um ímpeto de todos. Antes de artistas somos seres humanos, a empatia e o amor são o que preenchem os nossos vazios. Então, artistas, como figuras públicas, precisam ao menos servir de exemplo, entendendo a responsabilidade que carregam.

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