Juliana Diniz Cerqueira, conhecida por sua atuação como musa da Mangueira e porta bandeira do bloco Simpatia é quase Amor, lança seu livro “Abrindo as Grades: o impacto do encarceramento feminino nas relações familiares” no dia 1º de agosto na Livraria da Travessa, em Ipanema.
Este livro é um mergulho profundo na realidade das mulheres encarceradas, destacando a angústia da separação de seus filhos e familiares, e evidenciando as desigualdades de gênero dentro do sistema prisional. A autora a partir do mestrado em psicologia clínica na PUC/RJ entrevista mulheres egressas do sistema penitenciário no Patronato Magarino Torres e a partir desses relatos aprofunda essa temática.
Nas conversas, emergiram temas como o distanciamento dos laços familiares, a relação amorosa como motivação para crimes, a dificuldade da sociedade em compreender o crime feminino, a violência no cárcere e os desafios para a reintegração social. Juliana Diniz Cerqueira espera que seu livro provoque reflexão e desconforto nos leitores, impulsionando transformações urgentes na sociedade.
A aproximação com o tema surgiu a partir da experiência de Juliana como psicóloga nos hospitais psiquiátricos penais Roberto Medeiros e Heitor Carrillo, localizados no Complexo de Gericinó, em Bangu, e em Niterói, respectivamente.
“Abrindo as Grades” é uma obra que dá visibilidade para as questões que permeiam a realidade das mulheres encarceradas, revelando um panorama real e doloroso do encarceramento feminino e as persistentes desigualdades de gênero.
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