Foto: Laercio Luz
Matheus, você começou sua carreira ainda criança. O que te motivou a entrar no mundo da atuação tão jovem?
Minha motivação foi minha mãe, que sempre sonhou em trabalhar com arte e projetou esse sonho em mim. Sou muito grato a ela por ter me colocado em contato com a arte desde criança. Até eu entender que poderia encarar isso como uma profissão, para mim era apenas uma diversão. Minha mãe sempre foi e é a minha maior motivação.
Você recebeu prêmios importantes pelo filme "Ausência" aos 17 anos. Como essa experiência impactou sua carreira e sua vida pessoal?
Ser reconhecido pelo seu trabalho é algo maravilhoso, foi um momento inesquecível que sempre levarei comigo. Após o filme “Ausência”, várias portas se abriram, uma delas foi a série “Felizes Para Sempre”, onde tive a oportunidade de ser dirigido por Fernando Meirelles. O prêmio de melhor ator veio para me mostrar que eu estava no caminho certo, foi lindo receber dois prêmios de melhor ator pelo filme “Ausência”.
Recentemente, você interpretou Roger no filme "Dolores". Como foi o processo de preparação para esse papel, especialmente com a mudança radical no visual?
Tive ajuda de dois profissionais maravilhosos: Márcio Mehiel, preparador de atores com quem trabalho há anos e sempre conto com sua ajuda para todos os trabalhos que faço, e Eron Araújo, que corta meu cabelo há anos e em quem confio muito. Ele me ajudou na caracterização para a mudança visual.
Foto: Laercio Luz
Como tem sido dividir sua carreira entre Brasil e Estados Unidos? Quais são as principais diferenças que você observa entre os mercados de atuação dos dois países?
Minha intenção é estar lá e cá (EUA e Brasil), estarei onde o trabalho me chamar. Quero construir uma carreira fora sem abandonar todos esses anos de carreira que tenho construído aqui. Estou super disposto a voltar para o Brasil para fazer projetos que me interessem, quero muito protagonizar uma série e contar boas histórias, esse é um dos meus objetivos no momento. Para mim, a grande diferença é o número de produções realizadas nos dois países. A demanda aqui fora é muito maior, é uma indústria que não para a nenhum momento. São muitas oportunidades, mas a competitividade é maior também. Quero estar inserido nos dois mercados e estou caminhando para isso.
Você participou de um evento fechado da Warner em Los Angeles, organizado pelo diretor M. Night Shyamalan. Como foi essa experiência e quais conexões importantes você fez lá?
Foi uma experiência maravilhosa, onde tive a incrível oportunidade de conhecer e conversar com M. Night Shyamalan. Conhecer o diretor de filmes como “Fragmentado”, “Sexto Sentido” e “Glass” é algo que parece muito distante até você morar em Los Angeles. Isso é uma das coisas mais incríveis de morar aqui: quando você menos espera, está ao lado de uma pessoa que até há alguns anos atrás parecia muito distante. Espero trabalhar com ele em algum momento, ficaria muito feliz!
Entre novelas, séries e filmes, você tem uma carreira bastante diversificada. Há algum formato que você prefira atuar ou que te desafie mais?
Eu gosto de estar trabalhando e contando boas histórias, isso é o mais importante para mim. Mas uma coisa que eu nunca escondi e todos sabem é que sou apaixonado por cinema.
No streaming, você pode ser visto no filme “Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz” na Netflix. Pode nos contar um pouco sobre seu papel nesse filme e a história que ele narra?
O filme conta a história de Zé Arigó durante a década de 50, uma época em que a religião espírita não era tão conhecida e respeitada no Brasil. Zé Arigó era médium e tornou-se símbolo de esperança através das curas que realizou naquela época. Eu interpreto Tarcísio, um dos filhos do Arigó.
Você trabalhou em várias produções de diferentes emissoras, como Globo, SBT e Record. Como você vê essas experiências e a influência delas em sua trajetória profissional?
Sou muito feliz por ter trabalhado nas maiores emissoras do nosso país. Cada trabalho que fiz foi muito importante para o meu crescimento pessoal e profissional. Estou aberto a novos desafios e tenho certeza que grandes personagens virão em minha direção. Sou muito feliz e orgulhoso com as escolhas que fiz em minha carreira.
Nos Estados Unidos, você gravou os curtas "American Smiles" e "Grieving the Girl". Como foi a experiência de atuar em produções americanas e em inglês?
Foi uma experiência maravilhosa e tive mais uma vez a certeza de que tudo é possível e só depende de nós. Se você coloca sua mente em algo, você pode fazer aquilo. A cada trabalho que faço em inglês, sinto que a dificuldade com a língua vai diminuindo. É só o começo de uma linda jornada.
Matheus com o diretor M. Night Shyamalan
Quais são seus próximos projetos e objetivos na carreira? Alguma meta específica que você gostaria de alcançar nos próximos anos?
Um dos meus objetivos como ator no momento é novamente protagonizar algum trabalho no audiovisual. Quero contar boas histórias e viver grandes personagens, seja aqui nos EUA ou no Brasil.
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